domingo, 4 de agosto de 2013

PROPOSTAS PARA O PLANO MUNICIPAL DE CULTURA

Assegurar a centralidade da cultura no conjunto das políticas públicas, a partir do reconhecimento pelo governo de que os direitos culturais fazem parte indissociável dos direitos humanos, tomando como referência básica a nossa Carta Magna (1988), a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), o Pacto Internacional Relativo aos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) e a Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural (2001).

Apoiar e promover, mediante diferentes meios e instrumentos, a manutenção e ampliação dos bens e serviços culturais, buscando a universalização do acesso a estes, a ampliação da capacidade criativa de todos os cidadãos, a exigência artística, a busca de novas formas de expressividade e a experimentação com as novas linguagens, a reformulação e a interação das tradições, os mecanismos de gestão cultural que detectem os novos movimentos culturais, o novo talento artístico e o potenciem para que possa chegar à sua plenitude.

Compromisso com a geração e ampliação de públicos e a participação cultural como elementos de uma cidadania plena.
PROPOSTA:
1 - Assegurar a centralidade da cultura no conjunto das políticas públicas, redimensionando sua estrutura organizativa e abrangência, fortalecendo seus marcos legais e disponibilizando recursos compatíveis.

1.1-Reestruturar formalmente o órgão de cultura/ fundação ou secretaria.

a - Reestruturar a estrutura organo-funcional do órgão de cultura – Neste quesito, alertamos que o último presidente do órgão concluiu uma proposta de reestruturação, todavia, totalmente contrária às expectativas, seja dos servidores, seja dos movimentos culturais, por constatar-se claramente um inchaço descabido, injustificável de cargos de assessoramento, ao mesmo tempo em que não contemplou a inclusão de estruturas que correspondam às novas demandas da área;

b - Reestruturar o Conselho de Cultura;

c - Criar o Arquivo Público Municipal;

d - Criar o teatro municipal;

e - Implantar o Centro de Cultura (Mercado de São Brás ou Aldeia Amazônica), com área administrativa, teatro, salas para oficinas e área para shows abertos;
f – Dotar a Biblioteca de Icoaraci para atuar também como Núcleo Distrital de Cultura;

g – Dotar o Departamento de Patrimônio Histórico de uma estrutura de cargos, que corresponda efetivamente as suas responsabilidades institucionais (abrangendo fiscalização e elaboração de projetos);

h – Criar um setor operacional e logístico, com infra-estrutura apropriada ao cenário cultural;

1.2-Realizar Concurso Público para Quadro de Pessoal;

1.3-Capacitar Gestores, Conselheiros e técnicos culturais, por competência.

1.4-Revitalizar e preservar os imóveis de responsabilidade do órgão de cultura (a Biblioteca Avertano Rocha requer cuidados urgentes)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sistema Municipal de Cultura de Belém

Defendo desde 2011, que as Leis de incentivo devem revogar de seu processo a delegação que foi atribuída ao empresariado, de pautar o que tem valor cultural. Esse formato, hoje visivelmente excludente, já cumpriu seu papel. A situação é menos flagrante com a Lei federal, unicamente pelo fato de que os principais patrocinadores são empresas do próprio governo, todavia, nos Estados e Municípios o estado de putrefação já tem tempo.  O empresariado tacanho patrocina sempre as mesmas figurinhas, projetos abonados por figurões da política, secretários de cultura e outros, muitos que acabam por favorecer diretamente o próprio financiador, de uma forma que hoje não surpreende mais a ninguém, lamenta-se, e propaga a idéia de que é errado mais não tem jeito, aí a farra se completa.  Como já se sabe, é Agente condicionando a liberação de recursos ao custo de um agradozinho, não menor que os famosos 10%, forçando produtores a forjarem notas frias e outras irregularidades, o que obviamente não corresponde a nenhuma política cultural, que efetivamente engrandeça a nossa tão nobre cultura e, concretamente, deixa a grande maioria dos fazedores de cultura alijados do fomento público.  A evolução desse processo passa pela criação dos Fundos de Cultura, Belém já tem o seu, que não descarta os descontos fiscais aos empresários, dentre outras fontes de financiamento, mas delega ao Conselho de Cultura, composto majoritariamente pela sociedade civil, a implementação de uma política efetivamente pública e democrática de cultura e a aplicação racional dos recursos, sem clientelismo, de modo a  contemplar a pluralidade cultural existente em suas várias representações.  Em fim, está claro que a gestão do recurso público da área cultural não deve ser terceirizada e que esse modelo mais favorece quem só visa o lucro e não tem a menor percepção do que seja INTERESSE PÚBLICO, o que, alias, deveria ser requisito básico para a ocupação de qualquer cargo público.  Por fim, de fato, já foi criado e regulamentado o Fundo de Cultura de Belém e devemos nos mobilizar urgentemente para a imediata eleição do Conselho, processo que tem sido retardado pela FUMBEL, prejudicando não só a realização das necessárias conferências de cultura, elaboração do Plano de Cultura, implantação dos sistemas vinculados e, inclusive, o recebimento de recursos do Fundo Nacional.  Movimentos Culturais, tá mais do que na hora de botar o bloco na rua.