terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Qual a Belém que você quer?

“Rosa flor, vê quanta mangueira e o cheira-cheira do tacacá.
Meu amor, ata a baladeira, embalança a beira do rio mar.
Belém, Belém, acordou a feira, que é bem na beira do Guajará.
Belém, Belém, menina morena, vem ver o peso do meu cantar.
Belém, Belém, és minha bandeira, és a flor que cheira no Grão-Pará”.
(Flor do Grão Pará-Chico Senna)
Eu quero Belém assim: poética, inspiradora, calorosa, solidaria, como nossa gente, mas também com ações concretas em prol da justiça social, dignidade, moradia, saneamento, saúde, educação, desenvolvimento, oportunidades para todos e agente com uma atuação mais participativa, ativa e cidadã, sabendo mais e melhor da nossa cultura e fortalecendo nossa identidade.  E você, Qual a Belém que você quer?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Poder, ilegalidade e corrupção. Nesse jogo, pobreza e exclusão são ingredientes fundamentais.

Tudo que parece boa ficção, lenda urbana, teoria da conspiração, como concluiriam muitos falantes, donos da verdade, ou quem sabe alguém deliberadamente tentando nos desviar da descoberta, pode ter certeza, a genialidade humana se presta, se empenha em desafiar e realizar, se tratando de coisas boas, e, muito melhor, se for de ruim.
Acredite, não é obvio como pode parecer.  É preciso provocar, perseverar e esclarecer, pois, a grande maioria da população nem cogita, uma pequena parte duvida, outra sabe, mas acha que não pode fazer nada e um quinhão menor ainda, sabe, tem certeza e o que é pior, é protagonista de um engendramento político que visa única e insistentemente manipular nossas vidas, visando tirar vantagens, um verdadeiro jogo de ilegalidades e corrupção.
Olha o que temos nesse tabuleiro e vê no que dá:  Capitalistas sedentos por mais e mais riqueza, executivos, presidentes de comissões de licitação, políticos ávidos por poder, que se colocam a serviço de interesses dos mais espúrios e ilegais possíveis, um país com mazelas sem fim, detalhe, para aqueles que ainda não “aprenderam a jogar”, tudo de ruim:  educação, saúde, saneamento, urbanismo, distribuição de renda, falta de oportunidades, discriminação, que desavisa a população e propaga a lei do mais forte ou mais esperto, “sabe com quem está falando”, legislação permissiva, desatualizada, justiça lenta, impunidade, instituições fragilizadas, desestruturadas, vulneráveis, que favorecem a corrupção de péssimos profissionais de todas as áreas: juízes, desembargadores, ministros, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, procuradores públicos, delegados, policiais, assessores de todos os níveis, paremos por aqui, não que a lista não continue.  Esse mix já nos proporcionou anos de ditadura, censura, concentração de renda, privatizações esquisitíssimas, manobras no congresso, enriquecimentos ilícitos, mensalões, renúncias, fiscalização ineficiente, várias instâncias de recurso e vendas de sentença, legislação cheia de brechas, má formação profissional, pirataria e na onda do mudar para não mudar: impeachment, cassações, aposentadorias compulsórias de juízes, ainda que este último mais pareça uma piada de mau gosto.
É exatamente assim que se constitui a grande armadilha, a teia, a rede da corrupção, contudo, alguma coisa vem mudando e a toda hora a imprensa nos mostra quão grande é o abuso, claro que isso também, em certa medida, faz parte do jogo do poder, mas o fato é que algumas graves denúncias têm sido apuradas, evidentemente, por conta da grande exposição a que os infratores são submetidos, embora ainda sejam lentos os resultados.
Estamos aprendendo e acertar o voto é essencial. Delegar o poder de legislar às raposas só tem de certo o prejuízo. Não pode e não deve ser só um alento: a lei da ficha limpa, a corrente pelo voto distrital e pelo financiamento público de campanha, precisamos definitivamente assumir as nossas responsabilidades, exercitar a nossa cidadania e persistir na construção da verdadeira democracia.