quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dia do Trabalhador

Protestar é preciso, ocupar espaço eficientemente também é preciso.

No âmbito da Administração Pública, considerando o quadro histórico e crônico, de que alguns gestores políticos chegam aos órgãos com suas equipes político-partidárias, não para viabilizar uma política efetivamente pública e abrangente para determinada área, mas como recompensa por realizações nas campanhas eleitorais ou pelo mero loteamento de cargos e órgãos aos partidos políticos coligados ao partido majoritário, muitos entendem que não precisam se apropriar da realidade do setor, de melhorar a sua atuação para o seu fortalecimento e melhoria de seus resultados em prol da sociedade, vez que a percepção de órgão público é de que o mesmo se presta apenas a cabide de emprego, clientelismo e um meio para a formação de caixa (R$) pessoal, para partidos e futuras campanhas.
Nesse prisma não é raro constatar que os cargos diretivos, comissionados, são definidos e formados de forma inconseqüente, seguindo o critério do apadrinhamento, nepotismo cruzado e outras formas igualmente abusivas e se constituem, na sua maioria, de pessoas que não conhecem os fluxos, trâmites legais, a matéria propriamente dita, concernente a cada chefia que venha a ocupar, atendo-se a apenas a uma filosofia geral e pessoal do gestor, que como vemos, nem sempre é bem intencionada.
O servidor efetivo nesse cenário de descontrole maléfico à Administração Pública, embora seja chamado a operacionalizar a máquina, visto que suas chefias a desconhecem, fica relegado à condição de “coisa pública”, depreciado ano a ano, é violentado em sua alto-estima, sem um ambiente propício a desenvolver sua especialização, sendo exigido a agir como máquina, ou seja, sem opinião, num fazer “forçado” que não segue parâmetros de eficiência e eficácia ao qual, lamentavelmente, uma grande parte acaba sucumbindo.
A hora já é mais do que chegada, é preciso garantir pelo princípio da razoabilidade, que servidores do quadro efetivo, com a devida qualificação e experiência, ocupem os cargos que tenham relevância para a consecução dos objetivos estatutários de cada área, possibilitando a fiscalização das ações de cada gestor, de forma legitimada, para a correta execução das finalidades precípuas da instituição, obedecendo aos princípios da Administração Pública e impedindo os mais que lamentáveis, mas corriqueiros problemas, como:  fraude na folha de pagamento de pessoal; abertura de processo e pagamento de serviços não executados;  fraude nos processos de compra e contratação de serviços;  uso indevido de veículos oficiais e descontrole de contratos de combustível; clientelismo, nepotismo e tudo mais que afronta e vilipendia a legalidade.   É preciso e urgente MORALIZAR.